Sistema unifica informações de 15 obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas
Empresas de todos os portes iniciaram uma corrida pela adesão ao eSocial, sistema unificado de informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas de todos os empregados. A transição, que já começou para as firmas com faturamento superior a R$ 78 milhões, se estenderá para todos os empregadores a partir de 1º de julho.
O eSocial unifica dados que já são repassados manual ou digitalmente pelas empresas ao longo do ano, como a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP) ou o Livro de Registro de Empregados (LRE).
O diretor regional em Jaú do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon) do Estado de São Paulo, José Luiz Zugliani Junior, acredita que o novo sistema representa uma “mudança de paradigma” no fornecimento de dados e obrigações. “O eSocial traz um conjunto de informações que se a empresa não fizer a parte dela não vai sair. Deve haver uma união entre as empresas, os prestadores de serviço e os escritórios de contabilidade”, comenta.
De acordo com o governo federal, o repositório simplificará processos, o que pode aumentar a produtividade no departamento pessoal de cada pessoa jurídica. Além disso, o sistema vai subsidiar a emissão das guias de recolhimento de FGTS e demais tributos – o que pode diminuir os erros de cálculo comuns nesta emissão.
Outra mudança expressiva diz respeito ao armazenamento dos dados dos trabalhadores. Muitos empregadores costumam guardar documentos de seus funcionários por até 30 anos. A partir de agora, essas informações estarão disponibilizadas em um ambiente digital, público e seguro – segundo o governo.
Até janeiro do ano que vem, as informações relativas ao serviço público também estarão disponibilizados, consolidando dados de mais de 44 milhões de trabalhadores brasileiros.
Empregados
Na rotina atual do trabalhador, pouca coisa muda com o eSocial. A principal vantagem, na avaliação do administrador de empresas especialista em recursos humanos Carlos Augusto Oliveira, está na garantia de direitos futuros. É provável que haja menos erros na contagem de tempo de contribuição com a Previdência, por exemplo.
“Nesta fase de transição, o eSocial traz alguma confusão, mas na sequência ele produzirá um documento único”, aponta Oliveira.